O conselheiro Gabriel Medina, representante do Fórum Nacional de Movimentos e Organizações Juvenis (Fonajuves), foi eleito presidente do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), na 23ª reunião ordinária do Conselho, que aconteceu no último dia 14 de dezembro, em Brasília (DF).
O paulista Gabriel Medina tem 28 anos, é psicólogo e milita há dez anos nas lutas da juventude. Participou do movimento estudantil onde foi dirigente do Centro Acadêmico e do Diretório Central dos Estudantes, contribuiu com a construção do Projeto Juventude — marco na elaboração coletiva dos projetos de juventude no país – além de trabalhar com assessoria na área de juventude em órgãos legislativos e executivos.
Em 2008 concorreu a um mandato de vereador em sua cidade natal, Araraquara (SP) conquistando a segunda suplência. Participa do Fonajuves através do Movimento Música para Baixar – MPB, que procura debater a importância da cultura livre difundida na internet e defende bandeiras como a reforma do direito autoral e a instituição do Plano Nacional de Banda Larga.
O processo de eleição
De acordo com o regimento do Conjuve o processo de eleição é direto e aberto. Os conselheiros e conselheiras titulares recebem um crachá e se manifestam de acordo com o candidato escolhido. A mesa diretora recolhe os crachás e no final acontece a contagem dos votos. Caso nenhum candidato consiga maioria absoluta (50% + 1), acontece o segundo turno.
No primeiro turno das 60 cadeiras que compõem o Conjuve 56 retiraram crachás e estavam aptas a votar. A participação massiva dos conselheiros, assim como o número expressivo de candidaturas (7 no total), foram comemoradas como reflexo do momento de valorização e amadurecimento vividos pelo coletivo do Conjuve.
Antes do início da votação os sete candidatos fizeram uma breve exposição de suas ideias. Durante a apresentação os conselheiros Ângela Guimarães retirou sua candidatura e passou a apoiar Gabriel Alves. Josbertini Virginio e Samoury Mugabe também retiraram suas candidaturas e manifestaram apoio ao conselheiro João Vidal. Por fim Luciana Martinelli anunciou a retirada de sua candidatura e o apoio à Gabriel Medina.
Durante sua apresentação Gabriel Medina afirmou que sua candidatura conquistou muitos apoios, inclusive de entidades que não fazem parte do seu Fórum e defendeu a diversidade da juventude e a valorização da participação juvenil. “Queremos um Conjuve mais forte, participativo, combativo, coletivo e democrático para gerar avanços coletivos nas Políticas Públicas de Juventude”, enfatizou.
As votações
Gabriel Alves teve 15 votos, ficando em 3º lugar. João Vidal teve 16 votos e passou para o segundo turno onde disputou com Gabriel Medina, que obteve 24 votos. Por estar conduzindo o processo de votação a Secretaria Nacional de Juventude absteve-se de votar.
Observando um intervalo regimentar o Conjuve realizou o segundo turno das eleições ainda na tarde da terça-feira (14). Os conselheiros e observadores conversaram e organizaram alianças de acordo com o novo cenário. 55 instituições se habilitaram para essa fase da eleição. Gabriel Medina foi eleito com 38 votos contra 16 votos de João Vidal. Novamente houve uma abstenção, da SNJ.
Falando sobre o processo de votação, em que teve maioria de votos nos dois turnos, Medina destaca como fundamental a unidade de movimentos juvenis – redes, fóruns e organizações – com ONGs (organizações não governamentais) e movimentos religiosos, passando pelos mais diversos setores como jovens trabalhadores, rurais e ambientalistas. A articulação que garantiu aproximadamente 70% dos votos no segundo turno incluiu também a aliança com o movimento estudantil. O presidente destaca, ainda, o apoio dos candidatos Gabriel Alves e Ângela Guimarães na composição do cenário que lhe garantiu a vitória.
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