“A fraude é muito grande e não há prazo para concluir as investigações”, disse o superintendente da Polícia Federal no estado, Fernando Segóvia, após reunião na manhã desta quinta-feira, 22, com o corregedor-geral da Justiça, desembargador Antonio Guerreiro Júnior, referindo-se ao trabalho conjunto dos dois órgãos para apurar esquema criminoso de emissão de certidões de nascimento com o intuito de fraudar o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Nacional).
Detalhes do plano – que incluiria a participação de cartórios – chegou a conhecimento público no início da semana, após a prisão de seis pessoas que tentavam tirar carteiras de identidade falsas e conseguir a aposentadoria do INSS.
A Corregedoria e a Polícia Federal tinham conhecimento de parte do dolo desde o início do ano. Na época, não suspeitavam o tamanho das falcatruas. Como a questão vem sendo tratada com sigilo, não foi permitida a presença da imprensa na reunião.
“Será um trabalho completo e demorado”, disse Segóvia, sem no entanto antecipar estimativa quanto a extensão da fraude e do total de prejuízos que possa causado no Maranhão.
Cartórios que trabalham com registro civil estão na mira da PF, confirmou o superintendente, revelando em seguida que parte das fraudes atendeu a intenções eleitorais. “Há hoje municípios maranhenses com a população menor que a do número de eleitores”, comentou.
Guerreiro Júnior disse que a Polícia Federal conduz as investigações de forma incisiva e criteriosa. Ele só irá falar sobre o assunto após o encerramento das investigações.
A autorização das comarcas para a destruição de drogas foi outro tópico da reunião. Segundo Segóvia, vários juízes estão dificultando o procedimento. Guerreiro Júnior vai conversar com eles e saber os motivos.
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