Deputado mais votado do país em 2010 e indicado como um dos 25 melhores parlamentares em 2012,
Francisco Everardo, o Tiririca (PR-SP), se prepara para deixar a
Câmara em 2015, quando termina o seu mandato. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo,
ele afirmou que decidiu fazer algo que já cogitava há tempos: não vai
mais disputar as eleições. Em 2015, Tiririca pretende se desfiliar do PR
e voltar a ser apenas palhaço. Segundo ele, como deputado "não dá para
fazer muita coisa", afirmou, enquanto participava da eleição que levou o
peemedebista Henrique Eduardo Alves à presidência da casa (segundo a
reportagem, Tiririca teria votado no segundo colocado, Júlio Delgado).
A principal justificativa de Tiririca para deixar o cargo, o salário de
R$ 26,7 mil, a verba de gabinete de R$ 97.200 e o direito a apresentar
R$ 15 milhões em emendas, é a falta de tempo para se dedicar a fazer
shows. "Eu sou artista popular. Aqui me prende muito. A procura pelos
shows é enorme e não dá para fazer", afirma ele.
Tiririca também diz que quer acompanhar o crescimento de sua filha de
três anos - ele é pai de seis filhos. Mas apesar da decisão, não quer
ficar mal com os colegas. "Quando a gente está fora acha que deputado
não faz nada, mas eles trabalham para caramba", afirmou.
Ele também comentou o fato de ainda não ter discursado na tribuna da
Câmara. "Para falar o quê? Nenhum projeto foi aprovado. No dia que for,
eu subo para agradecer".
Eleito com o slogan "Tiririca, pior que tá não fica", ele foi um dos
parlamentares mais assíduos do Congresso, presente a todas as votações.
Entre os projetos de lei apresentados por Tiririca estão o
bolsa-alfabetização, que contempla analfabetos com mais de 18 anos, e um
pedido de inclusão de famílias que exercem atividades circenses em
programas sociais do governo.
Folha.com
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