Espécie de ‘ditadura’ impede Timbirenses de participar de Ato Público na cidade
Uma espécie de ditadura se instalou na cidade de Timbiras nos últimos dias, desde que a população informou que voltaria às ruas para protestar contra a administração do prefeito Fabrízio do Foto.Parece que a justiça do município entende que adolescentes não tem direito de se manifestar. Pelo menos é o que dá para concluir mediante uma portaria expedida pela juíza da cidade.
Nela, a magistrada estabelece normas que amedrontaram os moradores, que deixaram de ir às ruas se manifestar e com isso, certamente, os desmandos do Poder Público vão continuar. População sem saúde, educação e o mínimo de qualidade de vida.
Na manhã desta sexta-feira (27), apenas um pequeno número de pessoas participou do Ato Público que tinham razão suficiente para inundar as ruas daquela cidade que carece de trabalho urgente do governo municipal.
O Correio Codoense é e foi contra as ações de vandalismo impostas a prédios públicos e privados, resultado das duas últimas manifestações. No entanto, entende que é necessário o grito das pessoas nas ruas, desde que este aconteça de forma pacífica, para vir se o prefeito decide trabalhar em prol da comunidade.
Esperamos que em Timbiras, não haja o mesmo entendimento que aconteceu com o gestor de Maracaçumé, onde a polícia resolveu trabalhar em favor do prefeito e contra o povo. Estamos torcendo para que essa moda não pegue. Já imaginou se o prefeito Fabrízio aciona a polícia para prender todos que falarem mal de sua administração?
Timbirenses acham que Fabrízio minou a manifestação, mas não conseguiu se livrar da revolta popular
A manifestação de rua de Timbiras
aconteceu debaixo de forte vigilância da Polícia Militar da Nona
Companhia Independente. Quase 30 policiais continuam na cidade até o fim
da noite para evitar vandalismo.
Mas a forte presença ostensiva não tem
agradado à todos porque soa como se isso fosse algo benéfico apenas ao
prefeito Fabrízio do Foto. A população sabe que no dia a dia Timbiras
tem, no máximo, 3 policiais cuidando da segurança dos cidadãos.
Na praça Benedito Alvim, o número de PMs
era tão espantoso hoje pela manhã que a praça encheu de cidadãos
curiosos admirando como se fosse algo de outro mundo (e é, na verdade,
para quem conhece a realidade timbirense)
“Admirado, nunca tinha visto, tô vendo
hoje…DESSE JEITO AÍ NÃO? Desse jeito ainda não tinha visto, mas tudo
acontece no mundo, quem é vivo ver tudo”, disse-nos o aposentado
Raimundo Henrique dos Santos sentado no banco da praça de frente para o
batalhão.
A REVOLTA CONTINUA
Os murmúrios da praça ecoam no município
inteiro. Gente simples que entende que Fabrízio com o apoio dos braços
do Estado (PM, Justiça, Ministério Público) conseguiu minar o grito das
ruas (mesmo o pacífico), mas não conseguiu tirar de dentro de cada
timbirense a insatisfação cada vez maior causada por seu jeito
‘ameninado’ de administrar.
“Um absurdo, um absurdo um negócio
desse. O prefeito a gente colocou lá em cima por toda promessa que ele
fez, um prefeito novo na cidade, fazer um papel desses.Ele é pra ver a
população que colocou ele lá, lutar pela população não fazer isso que
ele tá fazendo”, reclamou o jovem, Jairon da Silva, por mim
entrevistado, que só fez até a 6ª série e hoje, apesar da pouca idade,
vive apenas da lavoura.
O jovem continuou.
“Pediu três meses de carência pra
população, pediu pro pessoal aqui, depois pra tá comprando carro novo,
casa, mandar construir casa, ele fez isso aqui com a gente aqui. Pra quê
que ele fez isso? E por quê que ele tá mandando esses policial pra cá
hoje aqui ? porque ele tá vendo que ele não tá aguentando a população, a
população tá em cima cobrando dele”, disse
SE ESCONDENDO DO POVO
Quem ficou de longe só olhando o pequeno
grupo da Rede de Fóruns da Cidadania passando, quase compatível com o
número de PMS vigiando, tem a exata noção de que o prefeito continua se
escondendo de suas responsabilidade, se escondendo do povo que deveria
proteger.
“Pra que tá se escondendo? Pra que manda
essa polícia todinha pra cá hoje e amanha ou depois a gente revoltar
contra ele, a pessoa se guardar e amanhã ou depois reagir contra o
governo dele. É só besteira dele, a pessoa pode ficar quieto hoje, mas
amanhã o depois fazer”
“Não precisa fazer isso com a gente não,
venha aqui, reage, conversa, vou administrar pra população, vou
conversar com vocês não ficar se escondendo”, concluiu